Mostrar mensagens com a etiqueta Xácara. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Xácara. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

BIG GAME FISHING

CONTRASTES

Cartaz cedido pelo Sr. João Quaresma

Fazendo jus, ao escrito no post anterior, ainda hoje o Faial continua a ser um nome muito conhecido no mundo do "Big Game Fishing", aqui fica o excerto que está disponivel no Wikipédia:

The Azores


"The small port of Horta on Fayal island is synonymous with blue marlin fishing in the nine-island chain of the Azores. The season normally begins in late June or early July and continues until weather conditions put an end to the fishery in mid to late October. Weather conditions can be unpredictable at the tail-end of the season but in midsummer when the area is dominated by the Azores high the seas can be very flat.
*

Although blue marlin can be found close to Fayal island, boats seeking blue marlin often select three banks that serve as productive feeding locations for these fish. The Azores sits in the northern extreme of blue marlin distribution and the fishery is dominated by large fish. 400 to 600 lb fish are average here and every year fish of 1000 lb and above are encountered. The Azores is home to Atlantic blue marlin records for, amongst others, IGFA 50 lb and 80 lb line classes."


O contraste está mesmo é na forma de publicitar a actividade como documenta as fotos, ou na evolução dos meios para a sua prática.

Fotos - Luís Correia

24/01/2010

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

SAILING AND CRUISING STORIES - JCF (10)

BIG GAME FISHING


O Big Game Fishing iniciou-se oficialmente, a nível Açores, em Ponta Delgada, no início dos anos 50 com a chegada da lancha “Furnas”, construída na Madeira.
No Verão de 1964 e no decorrer da sua 2ª “expedição” aos Açores, o Cor. Pierre Clostermann vem pescar nos mares do Faial a bordo desta embarcação.

Nos últimos anos da década de 70, Ricardo M. Madruga da Costa, presidente da Comissão Regional de Turismo, traz à Horta o conhecido pescador e jornalista inglês Trevor Housby. A bordo da “N. Sra. Das Alfândegas” (actual “Maria José”) comandada por Eddy Briant e equipada com uma “fighting chair” artesanal, iniciam-se 2 ou 3 campanhas de prospecção sobre o potencial dos nossos mares para o big game fishing. Deste esforço, ao qual se juntou a Pescatur, resultaram muitas capturas de tubarões e atuns. À noite, junto ao churrasco do Vitório, o Trevor confidenciava: “Os grandes peixes estão a chegar”.
*

Realmente nos anos 80 os espadins azuis e os brancos fizeram a sua aparição em força, para além de outro peixes raramente vistos por aqui. Atrás deles vieram os grandes pescadores, armadores, jornalista e tripulações de profissionais bem cotados com embarcações do mais sofisticado.

Ao desembarcar de uma saída em que foram capturados 6 espadins azuis, Tony Arruza declarou:
Isto não é pesca, é guerra. Para quem mora em Miami…
Os recordes europeus e mundiais começaram a aparecer. Horta é um nome muito frequente no World Record of Game Fishes, edição IGFA, sobretudo no início dos anos 90.
Por exemplo Leo Clostermann, armador do Double Header “distrai-se” a acrescentar recordes vários, à sua longa lista, nomeadamente espadins azuis com linhas de 8, 12 e 6 lbs.
*

Um espadim azul com 1.146 lbs., o 1º grander, é pescado por Lawrence Furman com linha de 50 lbs em 1991. Em 93 é a vez de Jacky Delbrel capturar outro espadim azul, grander com 1.198 lbs, com linha de 80 lbs.
Embora os espadins azuis fossem um dos peixes mais ambicionados, o mar fervilhava de outros troféus: espadins brancos, atuns incluindo rabilhos (bluefins) enormes, spearfish, tubarões, wahoos, espadartes, etc.

1996 foi um ano de elite. Delbrel volta a marcar pontos com um rabilho de 453 kg abordo do “Shangai” e Jeanine F. Legrand bate-se a dois recordes femininos de rabilho no “Torero” e em dois dias consecutivos.
Joseph Franck, quiçá o armador que fez mais escola no Faial, bateu-se pela política do tag and release, isto é: marcar o peixe e libertá-lo. Aliás não era o único a ter essa opinião e esta prática transformou-se num procedimento normal.
*

Entretanto, alguns armadores locais tinham-se lançado nesta aventura e a presença de grandes profissionais, de todo o mundo, criou uma elite de faialenses na área do Big Game Fishing
Infelizmente os grandes peixes começaram a rarear e a frota de luxo com base na Horta procurou outros pesqueiros. “Bandit”, “Torero” “Andromeda”, a parelha “Madam” e “Hooker “, “Cepheus”, etc. partiram.

Depois de anos menos bons, embora não pareça que o porto da Horta venha a recuperar a sua aura das grandes pescas, continuam por aqui alguns barcos dos quais, pelo menos, dois o “Habitat” e o “Dois Peixes” (ex-“Double Header”) pertencem a armadores locais.
Para além disso o “Xácara” continua por cá, e o “Brasília” e o “Makaira” juntaram-se à nossa frota.
As pescas têm melhorado. Mais peixe e grande profissionalismo das tripulações são factores determinantes para as grandes pescarias.
Quase podemos dizer que os bons dias estão de volta.

Texto - João Carlos Fraga

Fotos - Aurélio Vieira / Luís Correia

25/11/2009

21/01/2010

25/01/2010