SEA BIRD
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Comprimento – 25’ (7,62 mts)
Yawl com velas quadrangulares.
O desenho original, cerca de 1900, é baseado nos barcos de pesca de fundo em V, os "skipjacks", de Chesapeake Bay na Costa Leste dos Estados Unidos.
A fim do "Sea Bird" adquirir condições de navegabilidade que permitissem travessias oceânicas, neste caso a do Atlântico Norte, a sua tábua de bolina foi substituída por uma quilha com lastro e equipado com um motor.
Estas alterações foram obra do Capt. Thomas Fleming Day, editor da conhecida revista náutica "The Rudder", e do famoso arq. naval Charles G. Mowers.
- Provar que era possível construir um yacht capaz de arrostar tempestades oceânicas com pouco dinheiro e de fácil construção, mesmo para amadores;
- Chegar a Roma em 40 dias, o que implicava uma média de 100 milhas por dia, a tempo de assistirem a uma prova de motonáutica, acontecimento que devia ser pouco frequente nessa época.
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Tripulação: Capt. Thomas F. Day (skipper) e mais 2 tripulantes.
Aparelharam de Newport R.I. e, depois de uma viagem mais complicada do que esperavam devido a condições meteorológicas atípicas no Atlântico, fizeram escala no porto da Horta.
Trinta e sete dias depois de terem largado dos Estados Unidos, chegaram a Gibraltar, portanto demasiado tarde para assistirem à prova de motonáutica.
Na noite de 18/2/1912, durante uma reunião em que foi homenageado, o Capt. Thomas F. Day ofereceu a bandeira que o "Sea Bird" tinha levado até Roma ao Huguenot Yacht Club, do qual era sócio.
Muito mais tarde, em 1969 e na Inglaterra, durante o jantar anual do OCC do qual era sócio, Frederick Thurber foi a estrela da noite com relatos muito interessantes sobre a travessia do "Sea Bird" até Gibraltar.
Um dos momentos mais interessantes do seu relato, de acordo com muitos dos presentes, foram os pormenores sobre a exiguidade das acomodações do "Sea Bird" (8’ x 6’ x 4’6" de pé direito) onde coabitaram toda a viagem.
Frederick Thuber faleceu em 1972 com 90 anos de idade.
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Pesquisa e Texto - João Carlos Fraga ©