TAHITI DOUCHE
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Comprimento: 17,00 mts
Boca: 14,00 mts
Tonelagem: 2,67 T
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Projecto: Daniel Charles (belga) para o navegador francês Alain Gliksman.
Estaleiro: Starberry Ltd., Ipswich, Inglaterra
Método de construção – West System
Tipo de aparelho: escuna com mastros, sem brandais nem estais, e velas iguais, normalmente de área modesta, podendo serem içadas velas de proa.
Lançamento: Junho 1980.
Tipo de embarcação: Atlantic Proa ou Prao.
Dois cascos iguais, de secção oval e simétricos no sentido longitudinal.
Sendo de concepção Atlantic, os mastros estão no casco de barlavento, equidistantes das suas extremidades, possuindo este duas tábuas de bolina/lemes colocadas perto das suas proas/popas. O habitáculo e a carga máxima estão neste casco que possui uma saliência, o windward pod, que, para além de aumentar o espaço interior, serve como recurso de flutuação no caso de imprevisto e que o aparelho fique a sotavento. Quanto ao casco deste bordo, normalmente, é reservado para transporte de materiais leves.
Projecto: Daniel Charles (belga) para o navegador francês Alain Gliksman.
Estaleiro: Starberry Ltd., Ipswich, Inglaterra
Método de construção – West System
Tipo de aparelho: escuna com mastros, sem brandais nem estais, e velas iguais, normalmente de área modesta, podendo serem içadas velas de proa.
Lançamento: Junho 1980.
Tipo de embarcação: Atlantic Proa ou Prao.
Dois cascos iguais, de secção oval e simétricos no sentido longitudinal.
Sendo de concepção Atlantic, os mastros estão no casco de barlavento, equidistantes das suas extremidades, possuindo este duas tábuas de bolina/lemes colocadas perto das suas proas/popas. O habitáculo e a carga máxima estão neste casco que possui uma saliência, o windward pod, que, para além de aumentar o espaço interior, serve como recurso de flutuação no caso de imprevisto e que o aparelho fique a sotavento. Quanto ao casco deste bordo, normalmente, é reservado para transporte de materiais leves.
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Posto isto, resta dizer que estas embarcações foram concebidas para não virarem de bordo, mas sim mudarem de rumo pela rotação das velas e alteração da configuração das tábuas de bolina/lemes. A que está no que vai passar a ser a popa é arriada completamente, passando o leme, situado na parte superior da mesma, a funcionar. O contrário passa-se com a que está na anterior popa que é subida até ficar só com a tábua de bolina a sair do fundo.
Desenhada para competições oceânicas, a “Tahiti Douche” estreou-se na primeira Course des Almadies ou La Baule/Dakar no Outono de 1980. Arribou à Horta com avarias nas tábuas de bolina/lemes, que foram substituídas, abandonou a prova e, ao que parece, a sua carreira transatlântica, embora tenha navegado mais alguns anos.
Foi o único veleiro deste género que chegou ao nosso porto.
Posto isto, resta dizer que estas embarcações foram concebidas para não virarem de bordo, mas sim mudarem de rumo pela rotação das velas e alteração da configuração das tábuas de bolina/lemes. A que está no que vai passar a ser a popa é arriada completamente, passando o leme, situado na parte superior da mesma, a funcionar. O contrário passa-se com a que está na anterior popa que é subida até ficar só com a tábua de bolina a sair do fundo.
Desenhada para competições oceânicas, a “Tahiti Douche” estreou-se na primeira Course des Almadies ou La Baule/Dakar no Outono de 1980. Arribou à Horta com avarias nas tábuas de bolina/lemes, que foram substituídas, abandonou a prova e, ao que parece, a sua carreira transatlântica, embora tenha navegado mais alguns anos.
Foi o único veleiro deste género que chegou ao nosso porto.
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SOBRE PROAS OU PRAOS
SOBRE PROAS OU PRAOS
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Estes veleiros têm origem no Pacífico, onde o casco “secundário” estava a barlavento. Daí se falar de Atlantic ou Pacific (ou Flying) proas ou praos.
O arquitecto americano Dick Newick foi o grande impulsionador da versão Atlantic, julgada mais segura.
Embora tenham sido efectuadas grandes viagens nas Pacific/Flying praos durante a colonização do Pacífico, corre entre os estudiosos desta grande civilização oceânica o rumor de que havia a bordo delas armas com que os tripulantes se matavam, uns aos outros, em caso de desastre longe de terra.
Assim Newick escolheu e desenvolveu esta fórmula quando desenhou a “Cheers” que, tripulada por Tom Folltet, ficou em 3ª lugar na geral da Observer Singlehanded Transatlantic Race em 1968.
Com um comprimento de 40’, e apesar das calmarias encontradas na zona dos Açores e de uma noite passada fora da meta esperando melhor visibilidade, a “Cheers” chegou a Newport, R. I:, 28 dias e meio depois de ter largado de Plymouth e sem avarias, num ano em que apenas 19 embarcações conseguiram terminar a prova.
Foi modelo para muitas outras embarcações do género, incluindo a “Tahiti Douche”.
Estes veleiros têm origem no Pacífico, onde o casco “secundário” estava a barlavento. Daí se falar de Atlantic ou Pacific (ou Flying) proas ou praos.
O arquitecto americano Dick Newick foi o grande impulsionador da versão Atlantic, julgada mais segura.
Embora tenham sido efectuadas grandes viagens nas Pacific/Flying praos durante a colonização do Pacífico, corre entre os estudiosos desta grande civilização oceânica o rumor de que havia a bordo delas armas com que os tripulantes se matavam, uns aos outros, em caso de desastre longe de terra.
Assim Newick escolheu e desenvolveu esta fórmula quando desenhou a “Cheers” que, tripulada por Tom Folltet, ficou em 3ª lugar na geral da Observer Singlehanded Transatlantic Race em 1968.
Com um comprimento de 40’, e apesar das calmarias encontradas na zona dos Açores e de uma noite passada fora da meta esperando melhor visibilidade, a “Cheers” chegou a Newport, R. I:, 28 dias e meio depois de ter largado de Plymouth e sem avarias, num ano em que apenas 19 embarcações conseguiram terminar a prova.
Foi modelo para muitas outras embarcações do género, incluindo a “Tahiti Douche”.
Fotos, Pesquisa e Texto - João Carlos Fraga ©
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