Em Portugal, nenhum porto de recreio tem o privilégio de apresentar uma média tão elevada de escalas destas embarcações.
Nas suas viagens entre as Caraíbas e, regra geral, o Mediterrâneo, muito mais de cem yachts com comprimento superior a 21m faziam escala anualmente, e já em 2001,
Por outro lado, as suas tripulações altamente profissionalizadas, e muito bem remuneradas, são uma clientela apreciada por muitos dos sectores comerciais da cidade.
Esta frota de luxo, a que os franceses chamam a da "grande plaisance", está dividida, por vários jornalistas da área, em duas classes: a dos Superyachts, com comprimento fora a fora dos 21 aos 30 metros, sendo a partir deste denominados Megayachts.
Tudo indicava para uma queda na construção dos super e megayachts, havendo, inclusivamente, cancelamento de projectos e construções abandonadas em estaleiros.
O estaleiro, de alta tecnologia, Wally Yachts recebeu uma boa carteira de encomendas e o mago dos grandes veleiros, Gerry Dijkstra, continuou com uma série de projectos, importantes e interessantíssimos, entre mãos.
O resultado está bem à vista nas características e dimensões dos yachts que têm feito escala na Horta durante este últimos anos. Paralelamente à alta tecnologia, nos veleiros nota-se um investimento no revivalismo, quer na manutenção e reconstrução de grandes clássicos como na construção de réplicas dos mesmos.
Quanto aos yachts a motor, e paralelamente ao que atrás foi dito, vai ficando cada vez mais frequente a construção de "exploring yachts" cujas valências ombreiam com um design de interior luxuoso mas depurado.
Segundo Fábio Petrone, no editorial do "Superyachts International" deste Inverno, a situação actual é delicada e complexa. Embora para este ano se preveja um aumento de quase 1.000 unidades na frota de yachts com mais de 24 metros de comprimento, verdade é que este número resulta de encomendas feitas há 2 anos ou mais. Tudo isto parece um universo muito distante de um porto tão pequeno, como o da Horta, mas quem se der ao trabalho de olhar bem para os yachts que nele fazem
Por enquanto os seus proprietários, raramente, passam por aqui, assim como passageiros, mas esta situação alterar-se-á e mais rápido do que podemos imaginar.
E depois, há o "glamour", tão importante para o bem-estar dos nossos olhos e para o embelezamento da nossa paisagem marítima.

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